Livro de poemas Chute, não acerta o alvo; prefere a parábola de um traço no espaço da criação

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Fernando Sousa Andrade | escritor e jornalista

O chute pode ser uma parábola, um balão, um canhão. Um lance de sorte, puro do acaso. Mas se formos adotá-lo no poema, uma linha de longa distância parecendo uma fronteira entre a vida que se conta numa prosa, até numa conversa de bar, com uma país totalmente aberto ao deleite de imagens fortes e potentes com metáforas, aliterações. O livro da poeta Maria Ignez Barbosa, chamado Casualmente de Chute, editora 7 letras, conclama na poesia a arte da declamação do chamar atenção às referências, citações, homenagens. A poeta não se apropria de verso cheio de rimas, prefere uma musicalidade interna onde o sentido vibra com a relação de som como os significados. Não há traços do humor, mas sim de simples sorriso na beira do lábio quando ela lança algo de bricante com alguma coisa. Um chute não deve ser na poesia algo certeiro, como uma mira telescópica, em acerto, nas estéticas, ou visualidades. Pode ser uma arte mais figurativa, como um monte de desenhos-traços, na página-campo da imaginação da autora..

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