Livro de Crônicas ‘Meu imenso Portugal’ poetiza a vida lisboeta de um escritor em ar puro, do céu de Portugal

José Guilherme Vereza - Livro de Crônicas 'Meu imenso Portugal' poetiza a vida lisboeta de um escritor em ar puro, do céu de Portugal

 
 
 
 

Fernando Andrade | escritor e jornalista

O poema nos diz que está no meio do caminho, certa pedra. O poema não é um fato. Mas parte do evento, para poetizar um ser duro e sem fala, para animar o leitor. Mas a pedra seria difícil colocá-la em crônica. Por sua imobilidade, sua fixidez, muda, e cinética, a falta dela. Mas poderíamos dizer que colocamos pedras nos bolsos, para caminharmos com mais peso e resistência. Seria uma crônica. Tal estilo de texto, traz certa manifestação da observação do autor que olha ao entorno, e recolhe dele as informações para não apurar notícia, seria jornalismo. Mas para tornar o evento mais poético. É o que faz no seu novo livro de crônicas, José Guilherme Vereza, Meu imenso Portugal, pela editora 7 letras. O autor depois de se mudar para Lisboa, não olha com certo prosaísmo do estrangeiro, tenta se tornar mais íntimo da gente daquele lugar. São textos, onde a cultura, e linguagem atravessa o que um povo que fala a mesma língua, daqui, pode ter ou ser tão individual e coletivo quanto as nossas diferenças culturais. Com uma linguagem coloquial, mas cuja intimidade é atravessada por uma poética, até bem mineira. Ora diriam uns de lá, que o papo de bar foi lá muito distante da prosa cronistíca, pois ambos reportam miudezas do cotidiano, só que um bebendo uns tragos, outros com a pena e a tinta da escrita filtrada pela memória da recordação.
José não se sabe se bebe, mas parece que possui certa intimidade com o relato de bar aquele que trocamos afetividade, como um bom cão com nossos compadres da vida.

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