Fernando Andrade | jornalista
No seu último livro de poemas ‘A mecânica das palavras’ a poeta Alexandra Vieira de Almeida nos traz um fluxo de pensamento cognitivo poético numa espécie de associação de ideias e temas, muito bem trabalhados de forma musical, e imagética. O sentido não se pesca pela transcrição de uma leitura horizontal de significados, mas, um encaixe de períodos, frases, e palavras musicais num fraseado melódico.
A arte acadêmica pega um um pouco de tributo a este livro, onde a não literalidade, passa pela arte figurativa, pela figuração de sua imagens simbólicas. Tem uma pegada de Umberto Eco, onde o texto precisa ser decodificado, numa malha textual, como num passeio de bosque pela ficção ou poética. Símbolos, sonhos, enigmas, projetam um discurso fragmentado, e até um pouco surreal.
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