Livro ‘O futuro te espera’ enaltece  o tecido coletivo dos desejos e vontades humanas ao pertencimento| Fernando Andrade

Gustavo Tadeu - Livro 'O futuro te espera' enaltece  o tecido coletivo dos desejos e vontades humanas ao pertencimento| Fernando Andrade

 

 

Fernando Andrade| escritor e crítico de literatura

A primeira pessoa do singular nunca reflete seu entorno. Tão imersa em seus pensamentos que o espaço com lugares e gentes acabam fora de foco. A primeira pessoa não faz poesia, pois não balança coletivos. O futuro te espera quando nós nos colocamos num vasto universo de corpos, interagindo nas ruas, circulando ideias para ações que chegam às vias de fato.
Como os personagens do livro do escritor Gustavo Tadeu Alkmim , seu primeiro livro de contos, O futuro te espera, 7 letras, que apesar de algumas solidões com no primeiro conto onde um homem sente pela janela todo o peso de sua memória e a infância pode espelhar-se em qualquer menino visto pela corte do vidro de um trem. Já outro certo conto procura as vias transversais do cotidiano massificado pelo trabalho, pela ocupação, num feriado, onde o personagem observa o mundo girar e o porteiro se ocupar com seu inofensivo uniforme. Um respiro de liberdade des-normatizante.
 Gustavo revela a seus leitores que o drama é fundamental para uma ideia de coletividade entre laços para pertences onde cada objeto, cada lugar parece ligado  em um veio da memória. Daí ser tão importante certa citação ao diretor Fellini, onde a passagem do tempo, as lembranças circulam, não tão perenes, pela cabeça e pensamento dos cidadãos de certa urbe.
 Havia começado esta resenha pela ideia de pessoa. Múltiplas pessoas, aqui criando faces e interfaces de rostos e identidades que não acabam fraturadas, pois, elas se aglutinam numa ideia de devir: futuro.  Como os personagens do poeta Fernando Pessoa, aqui neste livro muito bem circulado e referenciados através de certas citações poéticas.

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This Article Has 1 Comment
  1. Roberto Monteiro Reply

    Pode parecer despeito, mas para um desembargador fica bem fácil lançar um livro… não acham??? não questiono a capacidade literária do autor, por desconhecer a obra do mesmo… agora, senhores… venhamos e convenhamos… um desembargador, comparado à maioria dos reles mortais, é privilegiado… inclusive na literatura… tenho dito… abraços a todes…

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