O que é uma imagem fácil? Estaria mais para um afecto feliz ou não, seu avesso pois a imagem estaria aí corrompida? Pois em seu cerne ela (a)tentaria para o desfalecimento de uma luz, de uma chama, que vela o entorno ao mesmo tempo que se extingue em… breu. Na decodificação das imagens, vemos a problemática do mundo, sua fome, miséria, ela se torna sua síntese quando magistra um mal entorno – em si. É como o bicho enovelar-se em torno do seu círculo, porque está enfermo. Não só por doença, caímos em si, mas também pelo profundos extratos ou camadas que temos dentro de fronteiras entre órgãos, internalidades e espaço fora – área limítrofe da pele nossa.
A poeta Pollyana Furtado, em seu novo livro de poemas, editora 7letras, parte de um cinematógrafo muito seu, para impermeabilizar o acesso fácil às imagens, aqui não tanto internas suas, mas algo de fronte ao devir humano. Se cada humano tem seu duplo, reprimindo a latência de uma dor perene do existir, lidamos com os distorces do espelho, imagens ao mesmo tempo fremidas, mas distorcidas pelo labor da camuflagem, do disfarce em ser alter(idade), mas ego.
A poeta com um exímio pendor para nuances do afeto com a palavra, vai do sentido mediúnico ao sentido poente onde a paleta de cor das palavras são mais nuances policromáticas de um olhar sobre a linguagem. A um enaltecer de uma noite velada sobre o eu interno, mas não misturada a excessos de auto-análises, químicas do magma do eu interno. Ela se sai muito bem em sublimar, cores, afetos, lugares, como um isopor para elefantes, aliás, a relação de espaço entre partículas particulares sempre foi logos para a física, que dentre os práticos estavam Einstein que prefiro numa brincadeira linguística dizer Eus-tens.
Be the first to comment