poema e ilustração de Isabela Sancho

 
Está só pele e osso
língua e saliva,
costelas abocanhadas –
ela quase virou comida.

Seu rosto de pelos,
um campo de trigo
sob o vento
de olhar para o lado –

reluz do ouro ao negro,
reluz do negro ao ouro.
As sombras
que mexem em si

passam
de raspão por mim
e mostrar os dentes
nem sempre é sorrir.

 

 

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