E a noite vai caindo em Gotham City
Daqui, de onde eu me encontro, o que me alarma
não é o décimo andar, não é a carga
de chumbo e pólvora que o ar espalha
como se a pele de um milhão de dálmatas
compusesse uma noite. A cara é apta
a ser forma e ser fundo. E esta máscara,
o por dentro de mim revira e rasga,
sempre que a uso como se com facas
o meu rosto viesse. Não há mais placas.
E quando o bem pra vencer escolhe as armas
do rival? Todo anjo é uma ameaça.
Lutar é o que me resta. É a minha casa.
Tenho razão. E ter razão é triste.
E a noite vai caindo em Gotham City
onde ?
Onde que eu deixei perdida
a antiga delicadeza?
Em que sótão soterrado
por muitas quedas e perdas.
Um caixa de sapato,
com esquecidas surpresas,
o que eu já fui dançou valsa
pegou chuva, viu estrelas
onde nem céu existia.
Onde que eu deixei fugir
de meus pés, as labaredas
com as quais me era possível
dançar uma festa inteira?
O que eu desaprendi
parece com aquela letra
que já tive e reconheço
com espanto e estranheza
Onde que eu perdi meu mar
com navegações inteiras?
Ficou somente a miragem
o gosto ruim e a certeza
de que é duro navegar,
mas ainda sim tem belezas
que se avariam sem uso.
O mar é eu querer levezas.
Amamos
Amamos
sem dizer o nome
o endereço.
E amamos com um medo
Que só esse tempo
tem
Amamos
vestindo a roupa
como se fossemos
nos apresentar
ao fim do mundo
que toda semana
anunciamos
mas que nunca vem
Por favor, se possível, me informem o e-mail de Astier Basílio, para poder manter contato com o mesmo…
Sou escritor, poeta, ativista cultural, e grande admirador das obras dele, e gostaria de trocar idéias e textos!
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não tenho whatsapp nem facebook)… Obrigado!
Sandro, obrigado!