CENA DE AMOR
Na penumbra duma noite insone
Ouço passos quase inaudíveis
Percebo um vulto se aproximando
Arrepios percorrem meu corpo
Estremece minh’alma
Um perfuma exala no ar
Teu perfume! Sinto-me mais calma.
Adentras meu quarto
Encontras meu ser carente
Acendes a luz
Vejo-te sorridente.
Chegas bem pertinho
Deitas ao meu lado
Aquece-me com abraços
Entrega-me uma rosa carmim
E cantas suavemente
Uma canção para mim.
Pela janela entreaberta
Fitamos o céu estrelado
Que assim testemunhou
A nossa CENA DE AMOR.
VIU COMO MEU MAR É INCOMUM?
Navegante num mar que sonho, sou
Um mar incomum, eu sei!
Um mar de águas perfumadas
Fragrância de frutas amadurecidas
As espumas são coloridas e adocicadas.
O mar que sonho tem águas mornas e translúcidas
Nele habitam peixinhos excêntricos
Que nadam em plena sincronia
Possuem escamas cintilantes, douradas
As barbatanas são fluorescentes
As caudas bailantes, encantadas.
A areia do meu mar é purpurina
As pedras têm formatos de corações
As algas marinhas são flores diversas
O barulho das conchinhas … canções.
As ondas do meu mar são como o arco-íris
O marulhar é maviosa sinfonia
O céu que o cobre
São cortinas de organza, todas bordadas
Com fios de ouro, prata e marfim
As estrelas são pedras (di)amantes
Com detalhes de pérolas carmim.
Faço um convite a você …
Venha também ser navegante
No mar que sonho em navegar
A única exigência que faço
É que vivencie o AMOR em meu aMAR.
ROUBEI UMA FLOR
Amanheceu! Saí a caminhar
Admirando a obra deveras divinal
Estava feliz e comecei a cantar
Aspirando o doce aroma matinal.
Ao derredor ouvia pássaros gorjeando
Lá no horizonte, o sol faceiro despontava
A meiga brisa, minha face acariciando
Minh’alma contente se encantava.
De repente, avistei um belo jardim
Embevecia-me com a beleza das flores
Até pareciam que sorriam pra mim
Um mágico cenário repleto de cores.
As borboletas coloridas fiquei a olhar
Num bailado suave e comovente
Completavam o encanto daquele lugar
Junto aos raios do sol resplandecente.
Olhei com atenção e não vi nenhuma pessoa
Senti o desejo de roubar uma flor
Sei que minha atitude não foi boa
Ai! Só fiz para ofertar ao meu amor.
Saí correndo com a flor na mão
E com carinho a ele entreguei
Sei que muito alegrei seu coração
Recebi abraços e beijos
Abraços e beijos lhe dei.
Maria Marlene, considera-se paraense de coração, adotada carinhosamente pelo estado do Pará, cidade de Tucuruí. Formada em Letras pela UFPA, amante das artes, em primazia a arte de poetizar. Participante das antologias: II e IV Anuário da Poesia Paraense, O Poeta é um Fingidor, Uma Pedra no Caminho, Cristais do Amor, “Literis” Antologia Literária, Doce Poesia Doce, Poesias Imortais, Filhos da Musa, Conexões Atlânticas, A Voz da Palavra (prêmio Folheando) e dos E-books Musas e Flores do Recanto. Autora do livro Poesia no Jardim, um sonho que tornou-se realidade.
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Obrigada pelo apoio e incentivo a arte literária. Uma honra ter meus singelos poemas aqui.
Maria Marlene, minha querida, gostei de publicar os seus poemas. Seja bem-vinda!
Eu quem devo agradecer pelo apoio. Amei. Parabéns pela iniciativa. Bjs no coração.
Maria Marlene sem dúvidas é uma poetisa de mãos cheias. A sua expressão poética se vê no convívio constante do universo onírico, com o aqui e agora. Canta para o mundo que é belo O VIVER, e que este precisa de poesia, e o faz abertamente, indo de encontro à dureza dos dias. Coragem para encher de poesia todas as páginas inacessíveis dos alfarrábios modernos. É isto, Ghuma
Suas palavras vieram ao encontro do meu coração metido a poético e o alegrou deveras, Arthur Ghuma. Vindas de um POETA como Vc, só me deixa feliz e lisonjeada. Obrigada. Bjs.
Fantásticos poemas!!! Muito bom!!!
Feliz por ter gostado meu amigo Maurício Veloso. Obrigada por prestigiar-me.