Fernando Andrade | escritor e jornalista
A liberdade é um ato poético para fora. Também é um ato político, porque mexe com escolhas de ir e vir, amar e deixar, e porque não escrever não seria um performance sobre o futuro, aquilo que deixamos como pegada do eu eternizado nas páginas para sempre. Por isso somos singulares ao escrever, nossa subjetividade aflora através de sinais, de signos, de avisos, vamos por aqui, entenda leitor, como deixamos marcas na vida de outra pessoa. O livro Gigantes da poeta Daniela Wainer pela editora Litteralux, parte de uma ideia de epopeia do poema, onde a poesia é um longo percurso inteiro onde o fôlego da poeta passa por seu cotidiano, suas tendências afetivas, sua compaixão pelo próximo. Daniela mantém uma abertura terapêutica de conversa íntima com o leitor, sua verve além de política, é também dialógica com a alteridade também poética e filosófica. O amor pelo universo feminino, sem idealizações, aparece em vários momentos do livro. O social entra também num aspecto de troca com aquele despossuído, com os marginalizados. São flashes do aspecto não diria de esquerda, mas humanístico, da poeta.
Livro de poemas, Gigantes, tece um corpo inteiro de um poema epopeia sobre tanto o universo feminino quanto do cotidiano da poeta
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